No Carnaval ninguém leva a mal
Nunca gostei de Carnaval. Ponto.
Nunca achei piada aos cortejos ou desfiles de carnaval nem aos fatos que tenho que arranjar à presa para ir a uma festa qualquer. Os anos em que realmente sai à noite para viver o carnaval nas cidades onde toda a gente o festeja na rua, passei tanto mas tanto frio que nem a multidão e os chots me aqueceram.
Este ano considero que é o primeiro que o mano mais velho poderá achar piada à época. Como tal, lá começamos a pensar na fatiota.
Felizmente o meu sobrinho emprestou um fato todo giro, acolchoado e todo fofo de dinossauro. Eu achava que não me tinha que preocupar até experimentar aquilo no garoto e verificar que o fato fica tão apertado que se o obrigasse a andar com aquilo todo o dia, os tintis dele iriam ficar de tal forma estrangulados que nunca poderia chegar a ser avó.
Posto isto, deu-se início à procura de fato. Mal eu sabia que quase tinha que hipotecar o meu rim para o miúdo a ir a uma festa de carnaval mascarado!
Vimos uma série de fatos e ele decidiu-se por um de polícia. Aquilo custava um conto de réis! Coiso e tal mas falta o capacete. Toca a gastar mais uns trocos.
Chegamos a casa, experimenta o fato que parece feito de um algodão qualquer derivado de esfregão, e verificamos que está mega comprido! Bora lá fazer bainha.
Por este andar, ele que se prepare porque para o ano vamos reduzir um pouco a bainha e com umas algemas o fato fica diferente. E para o outro reduzimos a bainha na totalidade e acrescentamos a pistola. E no outro a seguir faz-se bainha novamente e passa o fato para o irmão.
E para não traumatizar o garoto com tanto ano seguido de policiamento no carnaval, solicita-se a não captura de imagens de fotografia e vídeo. Pode ser que o miúdo tenha memória fraca como a mãe e a repetição de vestimenta consiga passar despercebida.
*Montagem feita com imagens do Google