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A galinha da vizinha

A galinha da vizinha

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16
Abr19

Lição de moral

Estava eu a adormecer o pimpolho mais novo. Ele não estava a colaborar e aquilo estava a demorar mais tempo do que o costume. 

 

O mano mais velho queria ir ao quarto buscar um carro, e o pai não o deixava para não fazer barulho. O teimoso lá se escapou e abriu a porta do quarto, foi direitinho ao carro que queria, pegou nele, foi embora e encostou a porta sem incomodar nadinha. Mal encosta a porta, o pai chega pronto a refilar com ele e ouço o pequeno, cheio de moral, virar-se para o pai e dizer: 

 

- Custou muito, papa? Custou?!

 

Imagino aquele cenho franzido cheinho de razão e o dedo a apontar ao alto, a desarmar qualquer tipo de parentalidade que o pai estivesse pronto a aplicar.

 

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09
Abr19

Ervilhas tortas não, tortíssimas

Alguma alma caridosa me esclarece como posso preparar estas ervilhas tortas aka. ervilhas de quebrar sem ter que tirar as férias anuais e ainda pedir licença sabática para remover os p***s dos fiozinhos laterais? E não me digam para os deixar estar porque aquilo enfia-se pela goela abaixo e fica naquele limbo entre a boca e o estômago..

 

É nestes momentos que recordo saudosamente a empregada que tirava as grainhas das uvas à Carolina Patrocínio..

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Por falar na empregada da Carolina Patrocínio.. A senhora até deve estar à procura de novo emprego, não?

 

Nas minhas últimas idas às compras tenho constatado que estão na moda as uvas sem grainha. Só me resta concluir que a senhora foi para o desemprego por extinção do posto de trabalho.

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08
Abr19

E o Óscar vai para...

Já lá vai o tempo em que seguia as novidades cinematográficas, em que acompanhava à sexta-feira o suplemente cultural de um conhecido jornal, em que estava a par dos últimos filmes independentes e devorava tudo o que havia para ver.

 

Já lá vai o tempo em que conseguia ver um filme do inicio ao fim no mesmo dia, em que não dividia o filme numa série de dez episódios, em que não esquecia o que tinha visto passado duas semanas de concluir o filme. 

 

Já lá vai o tempo em que tinha tempo para demorar mais tempo a ver trailers e escolher o filme, do que a vê-lo (que trocadilho, eihn?!).

 

Mas esta semana algo aconteceu.

 

O mano mais velho não dormiu em casa uma das noites, o mano mais novo estava com sono e foi dormir, pai não estava em casa e mãe, cheia de saudades de uma sessãozinha de cinema, armou-se em corajosa e escolheu um filme para ver.

 

Ainda era cedo, dava para ver grande parte do filme antes de cair num sono profundo, mas não era tão cedo ao ponto de poder demorar duas horas a escolher o filme. A paciência para filmes muito técnicos era pouca, pelo que algo se deu aqui no tico e no teco e a escolha recaiu sobre uma comedia romântica.

 

Primeiros quinze minutos cliché e tal, de repente há uma peripécia da protagonista que deita tudo a perder. Mais vale andar para a frente cinco minutos, depois mais cinco, depois outros tantos... Mas não quero desligar sem perceber o que aconteceu. Pronto, avanço diretamente para ver o fim. Ah! Afinal foi isso! Grande porcaria de filme.

 

Continua a ser cedo, decido dar oportunidade a outro. Comedias românticas não, por favor. Escolho uma biografia, normalmente tema muito apreciado sobretudo se a história decorrer nos anos 70´s/80´s. Parece-me bem, deixo-me envolver pela história, ou pelo menos tento. Não da, não há envolvência possível. Que grande seca de filme. Uns cinco minutos para a frente, mais outros tantos. Mas quero saber o que acontece no fim. Ah! Pois, que final de caca. Ninguém merece.

 

Pego mas é no livrinho que tenho em mão e mantenho a iliteracia cinematográfica até os filhos tirarem a carta de condução e ter tempo novamente de ver trailers e fazer alguma pesquisa antes de decidir qual filme ver.

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07
Abr19

Limpeza a fundo

Hoje de manhã estou a adiantar algumas comidas para a semana. Na cozinha, ao pé de mim, está o mano mais novo sentado na cadeira da papa a comer um pedaço de pão.

 

Entretanto, sem me ter apercebido, aconteceu uma explosão nuclear de migalhas de pão e mal me viro para trás está o pequeno coberto por uma camada de pão.

 

Vou buscar o aspirador, aspiro o chão, o tabuleiro da cadeira da papa, e o que consigo sacudir da roupa do pimpolho. Como ele adora o aspirador, começa a dar guinchinhos e quando acabo de aspirar lá lhe deixo o tubo em cima da cadeira para ele brincar.

 

Continuo a mexer nas comidas, vejo que aparece o mano mais velho e conversa com o mais novo. Ouço dizer "olha mano!". Ouço o barulho do aspirador. Ouço o mais novo a chorar-gritar-desesperar e viro-me em pânico.

 

Está o pequeno com o tubo enfiado dentro da boca até às goelas e o aspirador a sugar as entranhas. Primeira coisa a fazer é desligar o aspirador. Mas não, estou desorientada e puxo o tubo. Numa questão de segundos passo de estar tranquilamente a adiantar a sopa a estar a fazer uma lavagem ao estômago do meu filho. Tendo em conta que ainda não tem nenhum dente, talvez este acontecimento tenha dado um empurrãozinho e em breve tenhamos dentuças a nascer. 

 

E pouco faltou para ter que abrir o aspirador e ter que o procurar no saco junto à meia e ao lego que foram sugados num dia algures no tempo.

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05
Abr19

A origem dos alimentos

Conversas matinais...

 

- Hoje está a chover. O parque vai estar molhado, por isso não devem poder ir brincar lá fora.

- Por quê?

- Por que está a chover, filho.

- Por quê?

- Por que as nuvens ficaram cheias de água. Depois rebentaram e a água começou a cair em gotinhas, que é a chuva que vemos.

- Por quê?

- Por que é importante chover.

- Por quê?

- Por que as flores precisam de água para crescer.

- E as "lalanjas"?

- Sim, também precisam de água. Tudo o que está na terra precisa de água para crescer.

- As alfaces?

- Sim, também as alfaces.

- E os mirtilos?

- Sim, também os mirtilos.

- E também o feijão verde?

- Sim, também o feijão verde.

- E as batatas fritas?

- ...

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